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Serviço Aeromédico realiza 335 atendimentos em PG

O ano de 2019 fechou com 335 atendimentos a pacientes prestados pelo Serviço Aeromédico do governo do Estado em Ponta Grossa. Desde 2018, quando foi implantado na cidade, pouco mais de 550 pessoas receberam atendimento do helicóptero que tem sua base no município. Em todo o Paraná, foram prestados mais de 2,4 mil atendimentos no ano passado. Os dados são da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa).

De acordo com a Sesa, o serviço tem sido essencial para diminuir os índices de mortalidade prematura por doenças cardiovasculares e acidentes graves de trânsito. "Com o serviço ativo, o tempo de resgate em chamados de urgência e emergência, e também de transporte de pacientes de um hospital a outro, é quatro vezes menor que os feitos por terra", informou a pasta.

A boa notícia também se aplica para pacientes dos Campos Gerais, onde 90% dos atendimentos de helicóptero ocorridos pela aeronave localizada em Ponta Grossa foram realizados para pessoas que moram na região. Os outros 10% dos atendimentos aconteceram em demais municípios do Paraná.

"Se não tivéssemos o helicóptero, os pacientes teriam que ser levados via terrestre e, como ainda não existe o Samu Regional em muitas regiões, isso reforça o ganho de tempo nos atendimentos através do helicóptero", aponta o diretor de Gestão em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde, Vinicius Filipak.

Pacientes de toda a região são atendidos pelo Serviço Aeromédico de Ponta Grossa. (Foto: Fábio Matavelli)

 

Tempo de atendimentos

O diretor da Sesa explica que a maior parte das grandes emergências precisam ser atendidas a partir de uma hora desde o início do problema. "O nosso tempo médio dura cerca de uma hora. Se o transporte fosse realizado via terrestre, esse tempo duraria quatro vezes mais. Isso significa que a aeronave reduz em um quarto o tempo de chegada do paciente", garante Filipak.

Destino Ponta Grossa

Os dados divulgados pela Sesa mostraram ainda que Ponta Grossa foi, por mais de cem vezes, a cidade destino de pacientes transportados de helicóptero vindos de outras cidades da região e do estado. "Isso mostra que os atendimentos não são exclusivos para pacientes dos Campos Gerais, mas que Ponta Grossa recebe também pessoas vindas de outros municípios", destaca o diretor.

Estrutura

Ainda segundo a Sesa, além de Ponta Grossa, as aeronaves ficam sediadas em Maringá, Londrina, Cascavel e Curitiba. Regulados integralmente pelo Complexo Regulador, através das Centrais de Regulação Médica de Urgência e de Leitos Especializados.

O serviço também conta com a aeronave asa fixa voltada à transferência inter-hospitalar de pacientes que necessitam de serviço de maior complexidade. Cada helicóptero tem raio de atuação de 250 km em média, cobrindo todo território do Paraná. Acima de 250 km, o avião com total disponibilidade para a rede de urgência é utilizado. O atendimento corresponde a 3,3% do total diário de pacientes críticos.

"A série histórica mostra que em dez anos o número de atendimentos aeromédicos subiu de 338 para 2.819 em 2018, uma média de 7,6 atendimentos/dia, 25 atendimentos por 100 mil habitantes/ano. Dados de 2019, até novembro, mostram que o serviço já atendeu 2.602 paciente", informou a Sesa.

Equipes

O serviço aeromédico conta com  uma equipe especializada para prestar este tipo de atendimento. São médicos e enfermeiros que passam de forma constante por capacitações.

"Os atendimentos são similares ao da ambulância, no entanto, o que muda é a forma como o paciente é colocado na aeronave, bem como a disposição dos equipamentos. Para isso existem os treinamentos específicos. Graças a preparação das equipes, o Paraná é o único estado da Federação onde o helicóptero tem a capacidade de atender o paciente em uma hora independente de onde ele esteja", ressaltou Filipak.

Tempo de atendimento pelo helicóptero dura cerca de uma hora entre o deslocamento e a chegada no hospital. (Fábio Matavelli)

 

Hospital Universitário

Em 2018, o Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais (HURCG) investiu R$ 100 mil na readequação do heliponto da casa hospitalar, de acordo com as normas da Agência Nacional de Aviação (Anac), para facilitar os atendimentos da aeronave.

Segundo o diretor do hospital e vice-reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Everson Krum, o HU se consolida cada vez mais como hospital público no que diz respeito aos atendimentos do SUS voltados para emergências neurológicas, casos de AVC e traumas.

"Nestes casos, a rapidez com que os pacientes cheguem ao hospital é fundamental para o tratamento, evolução e prognóstico. Sendo assim, o apoio do transporte aéreo mudou positivamente o perfil da assistência prestada pelo HU, com mais pacientes recuperando-se e evitando mortes. Aliando o encurtamento da distância que o helicóptero proporciona com a estrutura de atendimentos do hospital. Quem ganhou em qualidade foi toda a região dos Campos Gerais", comemora Krum.

Hospital Universitário investiu no heliponto para ajudar nos atendimentos. (Foto: Aline Jasper/UEPG)

 

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