Sindicatos e entidades de classe de diversas categorias do funcionalismo público estadual planejam iniciar uma greve a partir do dia 25 de junho (terça-feira da próxima semana). A ação tem como objetivo exigir do governo estadual o pagamento da reposição salarial do funcionalismo, que não é atualizada há quase quatro anos. "Não estamos pedindo aumento, é apenas a reposição das perdas da inflação”, diz o presidente da APP-Sindicato, professor Hermes Leão. Entidades que representam a Polícia Militar realizaram uma reunião hoje, em Curitiba, e anunciaram apoio à greve, inclusive com possível esvaziamento dos quartéis.
O Sindicato dos Técnicos e Professores da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Sintespo) aderiu à paralisação e garante que ela será por tempo indeterminado. Além do pagamento da data-base, o Sintespo insere outros pontos que reforçam a greve, entre eles, a defesa da Previdência Estadual e contra a reforma da Previdência nacional e abertura de concurso público.
Em nota, o governo do Estado disse que recebeu, na última sexta-feira, um grupo de dirigentes do Fórum das Entidades Sindicais do Paraná (FES), que apresentou um relatório da entidade a respeito das contas públicas. "Ficou ajustado que os dados serão avaliados e as negociações permaneciam abertas, de forma que possam ser encontrados pontos de consenso e interesse comum", diz a nota. "A equipe do governo está trabalhando com o objetivo de encontrar um caminho de equilíbrio, que não coloque em risco as contas públicas, e não acredita que qualquer medida extrema seja o caminho a ser seguido por parte das lideranças sindicais", finaliza o texto.