em

Servidores estaduais aprovam estado de greve

Na manhã de quarta-feira (17), servidores estaduais de Ponta Grossa aprovaram estado de greve. Os servidores se reuniram em assembleia após a declaração do atual governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior de que os servidores públicos estaduais não terão o pagamento da data base de 2019. A assembleia aconteceu na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos Estaduais de Ensino Superior de Ponta Grossa (Sintespo), em Uvaranas.

Segundo o sindicato, no próximo dia 25 o Fórum das Entidades Sindicais (FES) terá uma reunião com o governo sobre a data base, e segundo o presidente do Sintespo, Plauto Coelho “os servidores podem entrar em greve a qualquer momento, caso o governo oficialize a negativa em relação ao reajuste”.

Durante a assembleia os sindicalizados também autorizaram a diretoria a fretar um ônibus para transportar os servidores que quiserem participar de uma mobilização que está programada para o próximo dia 29, “nesta data, estaremos em Curitiba rememorando o massacre contra os servidores ocorrido em 2015 e reivindicando nossos direitos”, afirma o presidente.

O reajuste da data base dos servidores estaduais está congelada há 3 anos e tem uma defasagem salarial que chega a 16% desde o final de 2015. O pagamento desse reajuste era também uma das promessas de campanha do governador durante as eleições.

A afirmação do não pagamento da data base foi feita durante a entrevista coletiva que aconteceu na segunda-feira (15), sobre o balanço dos 100 primeiros dias de gestão, onde o governador disse não dar o reajuste neste ano, mas que irá dialogar e planejar com os servidores para que ele aconteça nos próximos 3 anos. “Eu posso até fazer uma média política nesse ano, mas não garanto que no ano que vem terá dinheiro pra folha”, disse. Segundo o governador o principal motivo do não cumprimento do pagamento do reajuste é a falta de dinheiro no caixa do governo, “falaram que tinha R$ 4 bilhões, e não existe esse dinheiro, temos só R$ 240 milhões em caixa”.

Para o vice-presidente do sindicato Roberto Rodrigues, o momento é de união da categoria. “Inicialmente vamos fazer uma mobilização, já com estado de greve. Caso o governo não nos atenda, vamos consultar a categoria sobre uma paralisação no futuro. A greve é o último recurso”, salienta.

Participe do grupo e receba as principais notícias da sua região na palma da sua mão.

Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.