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Sindicatos investem na filiação de trabalhadores

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Ponta Grossa e da Região, Claudir Messias da Rosa, avalia que “com o fim da contribuição sindical todos os sindicatos terão que se reorganizar e o nosso está fazendo uma campanha de filiação, para aumentar o número de filiados e consequentemente a renda”.

Claudir observa que “o sindicato é instrumento de luta importante e não pode parar por causa da contribuição. Foi grande o prejuízo para o sindicato, mas para a classe trabalhadora também porque o dinheiro da contribuição vinha para manter as lutas sindicais, mas elas não podem parar por falta do dinheiro”, completa.

Além de ir de encontro às novas filiações, Claudir conta que o sindicato passou por reformulação e cortou alguns investimentos. “O sindicato sempre investiu bastante na parte social da sede e este ano não conseguiu fazer investimento na campestre, a festa de 1° de Maio não saiu”, lembra.

Em relação à mensalidade de R$ 22, Claudir explica que se o sócio utilizar todos os convênios que o sindicato oferece acabará economizando e poderá investir a quantia economizada em outra coisa. Ele exemplifica que uma consulta com oftalmologista que custa entre R$ 150 e R$ 200, com o convênio ele pagará de R$ 70 a R$ 80. “O sindicato não briga só pelo reajuste salarial, mas tem outros benefícios. O sindicato sempre será responsável pelas negociações, mas um sindicato enfraquecido, se a categoria não sustentar, com certeza na hora de negociar o aumento no salário, na cesta básica e as horas extras que estão na convenção coletiva, quem vai perder é o próprio trabalhador; em um sindicato fragilizado quem ganha é só patrão”, alerta.

 

Reconhecimento do trabalho é fator importante

O presidente do Sindicato dos Bancários de Ponta Grossa e da Região, Gilberto Leite, avalia que a contribuição sindical tem um impacto significativo para todos os sindicatos. “O que vai fazer uma contrapartida nas finanças do nosso sindicato vai ser a questão do número de filiados”, diz.

Para ele, os sindicatos que possuem nível de filiação mais alto sentirão menos o impacto da falta da contribuição sindical, “o que não deixa de prejudicar a atuação sindical junto aos seus representados”, avalia.

Gilberto acredita que “sindicatos mais atuantes, mais presentes, mais próximos dos trabalhadores certamente junto com a categoria criarão formas de manter a entidade representativa, além da questão da filiação”.

Ele lembra que “a contribuição não deixou de existir e certamente o sindicato vai trabalhar de forma a conscientizar os trabalhadores”, fala. O sindicato ainda não realizou assembleias para ouvir o que pensam os bancários. “Aguardávamos a definição do Supremo”, explica.

Gilberto: “o sindicato vai trabalhar para conscientizar” (Foto: Arquivo)

 

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