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Sindicatos se reinventam para manter os serviços

A Reforma Trabalhista, em vigor desde o ano passado, continua sendo alvo de muitas críticas e avaliações. Um dos pontos que envolvem diretamente trabalhadores e sindicatos é a contribuição sindical. O desconto de um dia de trabalho por ano em favor do sindicato da categoria passou a ser opcional, mediante autorização prévia do trabalhador. Esta mudança foi reafirmada no último dia 29 de junho, quando o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter a extinção da obrigatoriedade do imposto sindical obrigatório. Sem poder exigir o pagamento, os sindicatos estão tendo que se reinventar para manter as atividades, já que a contribuição é uma das fontes de renda.

O presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Ponta Grossa e Região, João Vendelin Kieltyka, conta que a contribuição faz muita falta e lembra que “a entidade trabalha para um bem comum; as convenções coletivas abrangem todos os colaboradores, independente do salário que ganha”.

Vendelin explica que além de diminuir os custos, reduzindo, inclusive, viagens para as regiões atendidas pelo sindicato local, a diretoria optou por fazer um trabalho de proximidade, visando aumentar o número de filiados. “Temos lutado para o trabalhador se associar. A mensalidade é de R$ 15 e abrange a família toda; estamos fazendo um trabalho de corpo a corpo de filiação, temos mais de 100 convênios que a família do filiado pode utilizar”, conta. Em meio a esta centena de benefícios ele destaca as consultas médicas, que saem mais barato para os associados.

Para Vendelin, “usar a criatividade é a alternativa”. Ele conta que o sindicato tem mantido os serviços aos trabalhadores, como as rescisões trabalhistas e negociado o reajuste salarial. Frisa ainda que é através do sindicato, nas convenções, que os comerciários garantiram o pagamento de 75% das horas extras e o piso salarial diferenciado do nacional.

E em meio a “criar meios para sobreviver”, o presidente destaca que o sindicato não fez a reposição de dois de seus colaboradores no fim do ano. A zeladora solicitou o desligamento de suas funções e um diretor se aposentou.

Da classe atendida pelo sindicato, 90% dos trabalhadores não autorizaram o desconto da contribuição sindical e dos que autorizaram todos participaram de assembleias.

 

 

 

 

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