em

Summit Sebrae discute tendências para pequenas empresas

Considerado o maior evento de empreendedorismo do Paraná, o Summit Sebrae 2019 foi realizado nas últimas quarta e quinta-feira (9 e 10) em Curitiba, na ExpoUnimed. A segunda edição do encontro reuniu mais de 1.500 empresários, que puderam contar com dez palestrantes, 36 pitches de consultores, além de expositores e espaços para atividades laboratoriais, apresentação do seu negócio e reuniões entre empresas e representantes do ecossistema de inovação do estado.

Com uma projeção total R$ 1,3 milhão em negócios fechados através do evento, o Sebrae já projeta uma edição ainda maior em 2020. “Através do Summit conseguimos reunir empresários de todos os ecossistemas de inovação do Paraná, e além de apresentar conteúdos de vanguarda, com as grandes tendências empresariais do momento, o evento também é um ambiente de formação de networking. Muitos empreendedores têm muita coisa em comum, e aqui é ponto de encontro”, destacou Julio Cesar Agostini, diretor de operações do Sebrae/PR, em entrevista ao jornal Diário dos Campos durante o evento.

Para o gerente regional do Sebrae/PR, em Ponta Grossa, Joel Franzim Junior, a maior vantagem do evento é justamente a oportunidade de relacionamento. “Você agrega todo o conteúdo que é disponibilizado e também usa o encontro para abrir possibilidades com outros empresários”, destaca ele, afirmando que pelo menos 150 empreendedores ponta-grossenses participaram do encontro, inclusive como expositores.

O vice-governador do estado, presidente do conselho do Sebrae/PR e presidente da Fecomércio, Darci Piana, também esteve no evento. “O mundo anda muito rápido, com mudanças e novas tecnologias, e as micro e pequenas empresas são as que mais sofrem em momentos assim. A inovação traz muita coisa boa, mas também dificuldades – porém, sempre há soluções, que estão sendo apresentadas no Summit para que sejam assimiladas”, disse, em entrevista ao DC.

Na ocasião, o chefe da Casa Civil do Governo do Paraná, Guto Silva, destacou o papel do Estado no fomento ao ambiente de negócios. “Estamos trabalhando duas linhas fortes para as micro e pequenas empresas: o crédito barato, através de lançamentos como o Banco da Mulher, e a facilitação do dia a dia do empresário, através do programa Descomplica, que reduz tempo de abertura de empresas, por exemplo, e agora vamos continuar com o processo de desburocratização na área agrícola e ambiental. O estado não pode ficar ausente ou passivo frente à inovação; precisa estar envolvido, dando condições e ouvindo a realidade para saber como auxiliar esses processos”, opinou ele.

Participação

Jean Carlos Mezzalira é engenheiro agrônomo e sócio da Consipa, empresa ponta-grossense de consultoria em sistemas integrados de produção agropecuária, e este foi o segundo ano que ele e sua equipe participaram do Summit Sebrae. “Viemos porque o evento é transformador, motivador, e mexe com os ânimos do trabalho. Nosso objetivo foi ter insights e ter o choque de realidades, e gostei principalmente dos temas voltados mais a pessoas do que organizações. Apesar de os palestrantes falarem de grandes empresas, as lições ensinadas são ainda mais fáceis de aplicar em pequenos negócios – como no nosso, que trabalha diretamente com produtores rurais”, avaliou o representante da microempresa, que também participa de programas do Sebrae.

Mais de 1.500 empreendores participaram do evento (Foto: Inova/Divulgação)

 

Áreas do evento

Além do auditório que contou com palestras e mesa redonda com nomes reconhecidos nacional e internacionalmente, o Summit Sebrae também teve um espaço plural com atrações diversificadas. Entre eles, foram trazidos expositores de empresas participantes de programas da entidade, e também foram disponibilizadas treze estruturas para a realização de pitches simultâneos, sendo doze ministrados por consultores do Sebrae e um disponibilizados aos participantes que quisessem explicar seus produtos e serviços. Para tanto, foram distribuídos rádios com fone de ouvido que permitiam que o participante sintonizasse no seu canal preferido.

Em uma sala de vidro reuniões com representantes de todas as regiões do estado foram realizadas para discutir a integração dos ecossistemas de inovação, enquanto em outro espaço foi montado um laboratório para a realização de workshops criativos de 15 minutos. Para incentivar a ampliação da rede de contatos, também foi criada uma área para reuniões, que podiam ser marcadas via aplicativo. No total, setenta encontros foram agendados virtualmente, sendo que 94% renderam a possibilidade de fazer negócios.

Espaços diversificados reuniram empresários com workshops e pequenas apresentações de assuntos multidisciplinares (Foto: Inova/Divulgação)

 

Tendências e oportunidades

Um dos objetivos centrais do evento foi apresentar as tendências e oportunidades que podem ser exploradas pelos micro e pequenos negócios. “O encontro proporcionou conhecer muitos casos de sucesso, que apesar de muitos diferentes têm a inovação como fator determinante de sucesso. Muita coisa podemos aplicar nos nossos pequenos negócios locais. Algumas tendências como consumo colaborativo e sustentável, consumo de experiências e o poder das redes sociais no crescimento do negócio necessitam ser considerados. Todos os negócios passarão por transformações, portanto estar atento e preparado para esta mudança é vital para a permanência do negócio do mercado”, destacou a coordenadora municipal de Fomento ao Empreendedorismo e Inovação, Tônia Mansani, ao DC.

Já na palestra de abertura, ministrada por Jaqueline Weigel, CEO da W Futurismo, foram abordadas as perspectivas do futuro dos negócios que, para ela, são organismos que devem se auto-organizar, passando de estruturas hierárquicas para horizontais. “Na antiga hierarquia, a média gerência tenta fazer o negócio dar certo e o restante da equipe segue as ordens. Hoje, vemos um modelo horizontal, em que todos os envolvidos precisam conhecer o idioma digital e do futuro para tomar decisões coerentes”, afirmou a futurista.

O palestrante Luís Nogueira, jornalista e economista, apresentou algumas projeções com resultados médios que devem ser alcançados pelo governo Bolsonaro até 2022. Enquanto ele calcula que o Produto Interno Bruto (PIB) do país deve registrar um crescimento de 2% a 3% (com agenda reformista), prevê uma inflação de 3% a 4%, juros básicos (Selic) de 4,5% a 8% ao ano, dólar de R$ 3,50 a R$ 4,50 e desemprego abaixo de 10% somente em 2022.

Destaques das palestras

A busca por nichos de mercado e a necessidade de insistência e resiliência em negócios foram outros assuntos debatidos por nomes como Steph Gomides, fundadora do app de delivery Aiqfome, Marcus Figueredo, CEO da Hi Technologies e Sandra Costa, cofundadora do Grupo Sabin, além de Arthur Debert, fundador da Loggi – empresa unicórnio brasileira (que iniciou como startup e já foi avaliada em US$ 1 bilhão).

O jornalista e economista Luís Nogueira, da revista IstoÉ Dinheiro e Portal IG, ministrou uma palestra interativa sobre o futuro econômico apresentando um panorama da economia brasileira e mundial, citando pontos como o reflexo da guerra comercial entre a China e os Estados Unidos e a crise argentina no mercado nacional como exemplos, enquanto Gustavo Ziller, apresentador do Canal OFF, citou a importância vender perspectivas diferentes e envolver pessoas próximas na própria realidade empresarial são fatores importantes para o sucesso. Já o CEO do Rock in Rio, Luis Justo, apresentou como o festival comercializa experiências a partir da atenção a detalhes e dedicação ao cliente, compartilhando valores e resultados com os parceiros.

Palestras e mesa redonda foram destaques no evento (Foto: Inova/Divulgação)

 

Participe do grupo e receba as principais notícias da sua região na palma da sua mão.

Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.