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Tecnologia é a grande aliada dos Engenheiros Agrônomos

Para atingir um agricultura cada vez mais moderna e que propicie incrementos sustentáveis de produção são necessárias estratégias pautadas em avanços de conhecimento e tecnológicos. Estes têm sido alguns dos desafios dos Engenheiros Agrônomos, uma das profissões mais antigas do mundo e que tem como foco a produção de alimentos e o uso eficiente dos recursos naturais. Em um universo de 17 mil profissinais no Estado, Ponta Grossa concentra quase mil agrônomos registrados junto ao Crea-PR, sendo 700 em Ponta Grossa e os demais na região de Castro.

As mudanças tecnológicas ocorridas nos últimos 10 anos ajudaram os profissionais a buscar resultados mais eficientes no campo. Para o diretor técnico da Associação dos Engenheiros Agrônomos dos Campos Gerais (AEACG), o Engenheiro Agrônomo Fábio Schmidt, as mudanças mais relevantes ocorreram com o uso de imagens na agricultura, seja por satélite, por imagens georeferenciadas (GPS) ou drones. “A tecnologia é fantástica porque conseguimos, desta forma, corrigir pontualmente possíveis falhas nas propriedades, gerando economia de insumos”, comenta.

Ainda conforme ele, as modificações na última década impactaram também no sistema de produção de alimentos, que antes era convencional e evoluiu para o plantio direto, por exemplo, com enfoque mais sustentável e de preservação do meio ambiente, com produção mais economicamente viável e com a preocupação do uso adequado de agrotóxicos.

A tecnologia também teve reflexo na fiscalização da atividade. O Crea-PR, responsável por  identificar os negócios nos quais são desenvolvidas atividades que exigem a responsabilidade técnica de profissionais de Agronomia, adotou um sistema de fiscalização eletrônico. Conforme o gerente regional do Crea-PR em Ponta Grossa, Vânder Della Coletta Moreno, a implantação do sistema Siagro, pelo governo do Estado, permite que seja fiscalizada a prescrição de agrotóxicos pelos profissionais de forma eletrônica. “Os receituários agronômicos contendo as recomendações técnicas nos permitem identificar produtores, propriedades rurais e culturas agrícolas existentes, facilitando muito nossas ações de fiscalização”, explica o gerente.

Apesar de toda a tecnologia existente, o principal desafio da profissão, na visão do diretor técnico da AEACG, tem como foco duas esferas, que são a quantidade de alimentos disponíveis para a população – associada às questões de sustentabilidade – e a segurança da produção dos alimentos, dentro dos limites de resíduos preconizados pelos órgãos mundiais. “Cada vez mais o consumidor quer saber como e em quais condições os alimentos são produzidos”, pontua o diretor técnico da AEACG.

“A profissão do Engenheiro Agrônomo é uma das mais antigas que existe. O Brasil já gerou muitas tecnologias que foram adotadas no mundo inteiro. Exportamos para diversos outros países e as mudanças ocorridas nos últimos anos ajudou na evolução da profissão, com a produção de alimentos cada vez mais sustentável”, cita o agrônomo Schmidt. Somente em 2017, de acordo com o Ministério da Agricultura, as exportações brasileiras do agronegócio somaram US$ 96,01 bilhões, 13% a mais que o ano anterior. Resultados expressivos obtidos graças à aplicação de muita tecnologia.

Atualização

O Engenheiro Agrônomo tem uma formação curricular bastante diversificada, o que permite atuar em diversas áreas. As atividades envolvem a elaboração de projetos técnicos, assistência técnica a campo, consultoria especializada, levantamentos topográficos, atuação na agroindústria, pesquisa, extensão rural, docência em instituições de ensino e empresas de treinamento especializado, direção de empresas, comercialização de produtos agropecuários, dentre outras atividades.

Com o objetivo de atualizar os profissionais com relação à nova realidade, a AEACG disponibiliza diversas ferramentas aos associados, como cursos de pós-graducação e a promoção de simpósios, como o que está previsto para novembro, com o objetivo de mostrar os desafios da profissão frente às necessidades do mercado.
“Temos uma região difusora de tecnologia, com muitas instituções de ensino e de pesquisa, sejam elas privadas ou governamentais, trabalhando com isso, como a UTFPR, a UEPG, o Iapar, a Embrapa, entre outras. O volume gerado de conhecimento é grande e precisamos atualizar constantemente os profissionais da área sobre essa nova realidade”, diz Schmidt.

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