O Fórum Eleitoral em Ponta Grossa dá início nesta quinta-feira (25) ao transporte das urnas aos locais de votação para o segundo turno das eleições, marcado para acontecer no domingo (28), em todo o país. O trabalho acontece após a geração de mídias e lacração das urnas. Assim, até domingo, as urnas permanecem embaladas, sendo ligadas apenas para o início da votação.
O analista judiciário do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, chefe de cartório da 14ª Zona Eleitoral de Ponta Grossa, Fabyano Alberto Stalschmidt Prestes, explica que o processo de geração de mídia e lacração das urnas foi realizado em 850 urnas das três zonas eleitorais. No sábado (27), funcionários dos cartórios da justiça eleitoral farão o procedimento de vistoria nos locais de votação. Em Ponta Grossa são 724 seções de votação, localizadas em 116 locais de votação; Carambeí conta com 47 seções, divididas em seis locais de votação.
Em Ponta Grossa, são 237.118 eleitores que devem ir às unas neste domingo, pertencentes às zonas eleitorais 14ª, 15ª e 139ª – esta última inclui ainda eleitores de Carambeí. Somente em PG serão quase três mil mesários que trabalharão no segundo turno das eleições.
Para a votação no segundo turno – que no Paraná será apenas para a escolha do presidente da República – Prestes espera que o processo ocorra de forma tranquila e rápida. "No primeiro turno, tínhamos expectativa que até as 18 horas os votos de Ponta grossa estivessem totalizados. Mas, com o rezoneamento eleitoral, as zonas remanescentes ganharam mais eleitores e mais seções. Além disso, como havia a votação para diversos cargos, formaram-se grandes filas, que levaram ao atraso no término do processo em Ponta Grossa. Mas, como agora haverá a escolha apenas para presidente, esperamos que tudo ocorra dentro da normalidade e a votação seja mais rápida. Assim, a estimativa é que até 18h30 os votos de Ponta Grossa estejam totalizados", explica Prestes, adiantando que a divulgação dos resultados deve iniciar às 19 horas. Isso acontece por causa do fuso-horário brasileiro, que faz com que eleições em alguns locais, como o Acre, terminem duas horas depois em relação ao horário de Brasília.
Problemas com as urnas eletrônicas
Conforme orientação conjunta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e Ministério da Segurança Pública (MSP), no dia da votação, a queixa de qualquer cidadão sobre eventual defeito ou mau funcionamento da urna eletrônica deverá ser apresentada imediatamente ao mesário ou ao presidente da mesa da seção eleitoral. Este, por sua vez, deverá registrar em ata a manifestação feita pelo cidadão, descrevendo a urna e a situação apresentada, bem como comunicando o fato ao juiz eleitoral. Segundo o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, o objetivo é desencorajar que denúncias sejam feitas após o eleitor deixar a seção eleitoral. Desse modo, acredita o ministro, ficaria mais fácil separar situações verdadeiras de boatos que tenham como objetivo somente abalar a credibilidade da urna eletrônica. "O registro de queixa também pode ser feito pelo eleitor por meio digital, através do aplicativo Pardal", completa o chefe de cartório da 14ª Zona Eleitoral de Ponta Grossa, Fabyano Alberto Stalschmidt Prestes.
Quem pode votar
Prestes alerta ainda que o eleitor que não votou no primeiro turno das eleições 2018, pode votar no segundo turno, desde que esteja em situação regular com a justiça eleitoral. Ou seja, o título eleitoral precisa se encontrar ativo, não podendo estar cancelado ou suspenso. "Assim, mesmo que o eleitor não tenha votado no primeiro turno nem justificado o voto, pode votar no segundo turno", frisa.
Exatamente por ser uma eleição independente, o eleitor ausente no primeiro turno é obrigado a justificar a ausência. A mesma regra vale para o cidadão que não votar no segundo turno.