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Tudo o que você queria saber sobre o passeio de Maria Fumaça em PG

Se você mora em Ponta Grossa, provavelmente já sabe sobre a mais nova atração turística da cidade, que teve início no final de junho e segue até o próximo dia 15: o passeio de Maria Fumaça.

A locomotiva, vinda da Filadélfia, nos Estados Unidos, na década de 50, permite uma viagem no tempo e encanta os turistas por se tratar de um meio de transporte tão tradicional e muito pouco utilizado nos dias de hoje.

Porém, se assim como muitos de novos leitores, você tem interesse no passeio, mas ainda gostaria de esclarecer diversas dúvidas sobre o trajeto, distância, valores e outros detalhes, a entrevista a seguir, com o presidente da Fundação Municipal de Turismo, Edgar Hampf, vai te ajudar:

 

Você poderia contar um pouco sobre a história da Maria Fumaça?

A Locomotiva 204 Mallet, que está em uso no projeto Caminhos de Ferro, é a única de seu tipo em atividade na América Latina. Ela foi construída nos Estados Unidos e recuperada no Brasil. Em boa parte, por apaixonados por ferrovia. Ela pertence à Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF) – regional Santa Catarina, que a mantém como trem turístico regular em Rio Negrinho.

 

Como surgiu o projeto Caminhos de Ferro e a parceria com a ABPF?

Surgiu por iniciativa do prefeito Marcelo Rangel, que é também vice-presidente da Frente Nacional de Prefeitos em Defesa da Ferrovia, e que mantém um excelente relacionamento com a Rumo Logística, atual detentora da concessão da malha ferroviária da região Sul.

 

Como tem sido a procura pelo passeio e a que você atribui essa demanda por uma experiência turística diferenciada na cidade?

A procura é crescente. As duas primeiras viagens apresentaram algumas dificuldades, que estão sendo superadas. A demanda pelo passeio a Guaragi foi tão expressiva que duplicamos a oferta de viagens para esse destino. Ao invés das três originalmente oferecidas, foram abertas seis. Há uma demanda muito grande por novos produtos turísticos e, nesse aspecto, ações diferenciadas como o projeto Caminhos de Ferro, são sempre muito bem-recebidos.

 

O que o turista vai poder curtir pelo caminho? Quais são os atrativos?

Além da experiência em si, de viajar em vagões históricos tracionados por uma locomotiva a vapor, as paisagens oferecidas são deslumbrantes. Em cada vagão há profissionais oferecendo informação turística aos passageiros. No primeiro sábado, na viagem inaugural, por exemplo, foi avistado um veado-campeiro às margens da ferrovia, ainda na região do Distrito Industrial.

 

Existem duas opções de trechos à disposição do turista. Quais as diferenças entre eles? O que cada um oferece?

O trajeto menor, de cerca de 9,6 km, liga as estações Desvio Ribas e Cará-Cará, que será desativada em breve, aliás. O passeio mais longo, de 36km, chega à estação Entre Rios, em Guaragi, que foi restaurada e reinaugurada em 2012.

 

E qual a diferença entre o passeio na 1ª classe e luxo?

O vagão de primeira classe tem bancos simples, e era o carro habitual para transporte de passageiros. O vagão de luxo, com muito menos lugares e com sofás confortáveis, tem serviço de bordo e acomodações elegantes, além de ofertar um coquetel de confeitaria.

 

Sabemos que os passeios seguem até o dia 15 de julho. Existe a possibilidade de que eles se tornem uma opção turística fixa na cidade?

O projeto Caminhos de Ferro termina dia 15 de julho. O trem que hoje está em Ponta Grossa voltará a Santa Catarina. Mas a Fundação Municipal de Turismo tem muito interesse em restaurar o turismo ferroviário em Ponta Grossa, com linhas regulares – e, portanto, com preços muito mais acessíveis – e novas opções de passeio. Ações e estudos nesse sentido já estão sendo desenvolvidos, mas não há prazo para sua implementação, em virtude da necessidade de adequação de espaços, recuperação de maquinário e interação público-privada.

 

Quanto tempo dura cada um dos trajetos?

O passeio para o Cará-Cará dura em média de 30 a 40 minutos para ir e o mesmo para voltar, já a Guaragi são 90 minutos de ida, com um tempo de espera de cerca de 30 minutos na estação, e mais 90 para voltar.

Primeiro passeio da Maria Fumaça em PG aconteceu no dia 30 de junho
(Foto: Fábio Matavelli)

 

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