em

UEPG deve investir R$ 10,5 mi em obra do Museu Campos Gerais

A Universidade Estadual de Ponta Grossa foi contemplada com R$ 10,5 milhões do Fundo Nacional de Defesa de Direitos Difusos, do Ministério da Justiça e Segurança Pública. O valor será investido na restauração da sede histórica do Museu Campos Gerais, situada na esquina das ruas Engenheiro Schamber e Marechal Deodoro.

O prédio, tombado pelo Patrimônio Histórico do Paraná, foi inaugurado em 1928 para abrigar o Fórum da Comarca de Ponta Grossa. De 1983 a 2003, a edificação foi sede do Museu Campos Gerais. Com a mudança do MCG, o prédio foi fechado para restauração.

Para o reitor Miguel Sanches Neto, a conquista tem caráter didático. “Mostra que é fundamental manter vivos e em pé os prédios que contam a nossa história, e que o desenvolvimento imobiliário pode estar aliado à conservação”, diz.

O juiz federal Antônio César Bochenek? afirma que, após reformado, o Museu será um dos mais relevantes da história jurídica do Brasil e do Estado. O juiz lembra também que o Fórum de Ponta Grossa foi um dos primeiros no interior, e está dentre os que têm maior expressão no Paraná. “O processo de revitalização do prédio é muito importante porque trará de volta a essência da presença do Poder Judiciário nos Campos Gerais”, diz.

A construção está com as estruturas de madeira comprometidas, de acordo com a Diretora de Planejamento Físico da UEPG, Andressa Gobbi. “Um exemplo dessa condição é o piso do segundo pavimento, assim como alguns pontos da cobertura”. De acordo com a proposta submetida pela Divisão de Projetos e Convênios (Diproc) da Universidade, o prédio histórico apresenta umidade, criação de biofilme, desagregamento do emboço, estufamento e descolamento da camada pictórica, fissuras e rachaduras.

 

Novo prédio

Além da restauração da escadaria, piso, forro e outros aspectos artísticos, o projeto prevê a construção de outro prédio espelhado ao lado do Museu. “Teremos uma edificação moderna e um prédio histórico um ao lado do outro, o que passa a ideia de preservação e de passagem do tempo. O Museu está onde a cidade surge e onde ela cresce. Nós buscamos manter a história, mas também queremos desenvolvimento”, enfatiza o reitor.

 

As obras

O reitor lembra que o projeto original de restauro é de 2006, ano em que a edificação corria risco de ser descaracterizada. “Uma empresa de Porto Alegre ganhou a licitação e fez um belo projeto, que tramitou no Patrimônio Histórico e teve a intervenção proposta aprovada”. Sanches explica que naquele momento, a Caixa Econômica Federal dispunha de recursos para restauração de prédios de relevância histórica, via Lei Rouanet. “Como não houve continuidade do repasse de recursos (…) apenas a parte mais emergencial da obra foi feita, permanecendo o prédio sem condições de uso pleno”, diz.

Participe do grupo e receba as principais notícias da sua região na palma da sua mão.

Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.