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UEPG se manifesta contra novos cortes de bolsas da Capes

por Luciane Pereira da Silva Navarro

A Universidade Estadual da Bahia e o Fórum Nacional de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação (Foprop) promoveram, entre os dias 23 e 24 de maio, um encontro com representantes das Universidades Estaduais, Municipais e Comunitárias do Brasil. Após congelamento de bolsas não utilizadas em abril, o Representante da Diretoria do Programa de Bolsas no País (Capes), Lucas Resende Salviano, informou que, em junho, serão congeladas 70% das substituições de bolsistas de cursos nota 3 “antigos” e, em julho, outras 30% nos nota 4.

São considerados antigos os cursos que obtiveram a mesma nota em duas avaliações consecutivas. Os pró-reitores foram informados que não haverá verba para cursos novos, isto é, bolsas enxoval só serão criadas a partir do segundo ano, conforme disponibilidade financeira.

A Universidade Estadual de Ponta Grossa, representada pelo pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação, Giovani Favero, manifesta-se veementemente contra as medidas anunciadas. “A maioria das notas 3 e 4 são de instituições com cursos recentes e/ou do interior do país. Esta política de corte atinge a ciência de forma geral e limita as oportunidades do surgimento de talentos sem condição financeira e que não estejam nos grandes centros. É um duro golpe na pesquisa brasileira realizada nas Universidades Estaduais”.

O pró-reitor enfatizou que todas as universidades presentes no evento argumentaram contra o conjunto de decisões apresentadas pela Capes. “Porém, segundo Salviano, os cortes não são negociáveis e já serão implementados a partir do mês que vem”, enfatiza Favero.

 

Debates

O reitor, Miguel Sanches Neto, tem participado de discussões com os demais reitores das universidades públicas brasileiras, através da Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais (Abruem), Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) e Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior no Brasil (Andifes), para a assinatura da Carta de Brasília em Repúdio aos Cortes no Ensino Superior. Sanches entende que este é um momento de união de todas as forças sociais em prol dos investimentos em educação.

“As universidades não podem ficar de fora das mesas de tomadas de decisões quando se trata de criar critérios de investimento em pesquisa e pós-graduação porque elas são o locus dessas atividades”. O reitor participa na próxima quarta-feira (29) de reunião da Abruem em Brasília para construir um posicionamento coletivo das universidades estaduais e municipais sobre os cortes na educação.

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