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Uso de máscaras divide opiniões no Centro de Ponta Grossa

Em um dos extremos do calçadão da rua Coronel Cláudio, no Centro de Ponta Grossa, o recém-instalado totem informativo emite mensagens em áudio, alertando a população sobre o risco de contágio pelo novo coronavírus. Evitar aglomerações e usar frequentemente álcool gel para limpar as mãos estão entre as principais. Mas uma nova medida estão sendo adotada, seguindo recomendação que vem do Ministério da Saúde: o uso de máscaras.

A estratégia começou a ser efetivamente implantada em Ponta Grossa nesta semana, com a reabertura gradativa do comércio, ainda que em horários reduzidos. A equipe do DC circulou por algumas das regiões mais movimentadas para ter a dimensão de qual está sendo o comportamento das pessoas em relação a essa nova medida, que vem sendo apontada como útil barreira de proteção contra o vírus. No entanto, as barreiras da população sobre o uso da máscara, até o momento, são ainda maiores.

Os cidadãos estão divididos entre aqueles que usam a máscara, os que usam de forma não indicada e os que não usam. Até o momento, esse último público parece compor a maioria. No calçadão da rua Coronel Cláudio, pelo segundo dia consecutivo com alta movimentação de pessoas – considerando que ainda há a recomendação para isolamento social – a parcela de pessoas que usava máscara não chegava a 10% nessa terça-feira (7).

A maioria dos que estavam usando o equipamento integra o chamado grupo de risco para a covid-19. Lindamir Mônica Chimiski está na faixa etária dos que deveriam estar em isolamento. Mas retornou às ruas esta semana, comercializando mel. “Fiquei duas semanas em casa, voltei agora, com máscara e álcool gel”, diz, exibindo os dois itens em sua banca. Mas a máscara não estava no rosto. “Uso só quando vou em um local de aglomeração de pessoas, porque o vírus não tá aqui”, diz, instalada diante do calçadão, na esquina da rua Fernandes Pinheiro.

 

Vários usos

Lucimara Assunção e sua irmã Fernanda, saíram juntas. A primeira usava a máscara no rosto, e a segunda caminhava com a máscara sob o queixo. Nenhuma do grupo de risco. “É incômodo, mas vou continuar usando”, disse Lucimara, exibindo uma máscara cujo elástico puxava mais a orelha direita que a esquerda. Fernanda tinha outra técnica: “coloco quando for a um mercado ou a um banco”. De outro lado, Maiara Sabina de Moura saiu com a mãe, o filho pequeno e a sobrinha. Uma família inteira com máscaras. O retrato dos novos tempos.

 

Preferência

Há uma grande variedade de máscaras em uso. José Anderson Cagliari saiu pela primeira vez na semana. Vestiu a máscara. “Não acho incômodo, e até prefiro usar”, comentou. De fato, a máscara parecia estar justa, sem estar apertada.

Funcionários de lojas são a maioria a usar máscaras e luvas. Ainda assim, é grande a quantidade de pessoas levando as mãos à máscara ou carregando-a sob o queixo. Além disso, tem quem desafie o momento que pede isolamento para passar pelo calçadão especialmente para comer um espetinho. As ações dos próximos dias podem determinar qual será o futuro da saúde de todos. O DC apurou que o baixo número de pessoas usando o item em Ponta Grossa já chegou a conhecimento da prefeitura, que analisa a possibilidade de incluir a exigência de seu uso por força de decreto.

 

Saiba como fazer sua máscara

Segundo o Ministério da Saúde, para ser eficiente como uma barreira física, a máscara caseira precisa seguir algumas especificações, que são simples. É preciso que a máscara tenha pelo menos duas camadas de pano, ou seja dupla face. Ela é individual. Não pode ser dividida com ninguém. As máscaras caseiras podem ser feitas em tecido de algodão, tricoline, TNT ou outros tecidos, desde que desenhadas e higienizadas corretamente. O importante é que a máscara seja feita nas medidas corretas cobrindo totalmente a boca e nariz e que estejam bem ajustadas ao rosto, sem deixar espaços nas laterais.

 

Saiba aqui como fazer sua máscara caseira

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