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“Vamos fazer do Paraná modelo de gestão pública”, afirma Ratinho Júnior 

O Diário dos Campos dá início a entrevistas com os candidatos ao governo do Paraná. Abrindo a série, o entrevistado é o candidato pelo PSD, deputado estadual Carlos Massa Júnior, o Ratinho Júnior. A candidatura conta com apoio de partidos como PPS, PSC, PR, PV PRB, PHS, Avante e Podemos.

Ratinho Júnior começou sua vida política em 2002, quando foi eleito deputado estadual pela primeira vez; em 2006 elegeu-se deputado federal e foi reeleito em 2010. Em 2014, elegeu-se novamente a deputado estadual, com 300 mil votos – um recorde; cadeira que passou a ocupar em setembro do ano passado.  Isso porque entre 2015 e 2017 Ratinho foi secretário do Desenvolvimento Urbano do governo Beto Richa, período em que estreitou o relacionamento com centenas de prefeitos.

Em 2012 foi candidato a prefeito de Curitiba e, apesar de ter vencido o primeiro turno e aparecer como favorito nas pesquisas, acabou perdendo, no segundo turno, para Gustavo Fruet (PDT). Por esta experiência, Ratinho, que aparece em primeiro lugar em pesquisas para governador realizadas por diversos institutos, afirma que o levantamento é importante para que a equipe faça reflexão e monte estratégia de campanha. Mas evita criar expectativa sobre os números. "Aquele era um outro momento do Brasil, inclusive da própria cidade de Curitiba. Mas não nos deixamos levar por números. A principal pesquisa é na urna e é nela que estamos focados", frisa. Confira trechos da entrevista.

Parceria com Darci Piana como candidato a vice-governador
"Sempre tive preocupação em trazer para a campanha pessoas que são importantes para o Paraná, que têm credibilidade e que nunca fizeram parte da política. O Dr. Darci Piana é presidente [licenciado] da Fecomércio, que é uma das instituições de maior credibilidade no estado e, além disso, o comércio e setor de serviços do Paraná representam praticamente 60%  dos empregos gerados em nosso estado. Então, a preocupação em trazer o Darci Piana é pela sua experiência de vida, pela sua credibilidade e pela importância do setor do comércio, que é algo que nós queremos fomentar e incentivar. O paranaense tem uma vocação empreendedora por natureza, então a ideia é poder sinalizar que nós vamos fortalecer o setor de comércio e serviços do Paraná". 

Pilares do plano de governo 
"O nosso plano de governo tem sido construído há mais de um ano, sendo coordenado por Reinhold Stephanes  – ministro por três vezes e secretário de estado outras seis – e com pessoas de diversos nichos de trabalho. O foco do nosso plano de governo é, em  primeiro lugar, diminuir a máquina pública, cortando em praticamente 50% o número de secretarias – hoje são 28, vamos trazer para no máximo 15. Como construí uma aliança em cima de plano de governo sem negociar cargo ou secretaria com ninguém, isso me dá independência de não entrar no jogo do 'toma lá dá cá' que é o que a política tradicional que faliu no Brasil acaba fazendo. Vamos acabar com as mordomias do poder público leiloando chácara de governador, ilha de governador, para que o dinheiro possa ser investido em áreas importantes. 
Vamos fazer do Paraná um modelo de gestão pública para o Brasil, tornando a máquina pública moderna, ágil, que possa atender de forma rápida os anseios da população, e trabalhar muito a geração de emprego, promovendo desenvolvimento econômico e social para o interior de forma regional para o nosso estado. Este será um viés muito forte na nossa gestão: a geração de emprego e renda.
Segurança pública será outro pilar importante do plano de governo: vamos fazer o projeto mais moderno de segurança pública no Brasil, trazendo tecnologia e fazendo a cidade da polícia; vamos unificar o trabalho de planejamento de todas as polícias e das forças de segurança, integrando as corporações no Palácio das Araucárias – remanejando as secretarias que estão lá – e fazendo do local um departamento de inteligência e planejamento de segurança pública.
E, claro, sem deixar de lado as questões básicas, que é a promoção da saúde e educação, fazendo do Paraná um estado que possa crescer nestas áreas". 

Alianças 
"Construí uma aliança muito independente, fora dos grupos políticos tradicionais do estado. Conseguimos ter esta independência e acima de tudo trouxemos pessoas que têm credibilidade, história, e sobre nenhuma delas temos vergonha da participação na nossa campanha. Firmamos aliança com o PPS, que tem prefeituras importantes como Guarapuava e Campo Mourão; com o Podemos, que tem a prefeitura de Pato Branco, por exemplo. Trouxemos para a nossa chapa o candidato a senador Oriovisto [Podemos], que é uma pessoa de muita credibilidade; que ajudou o nosso estado a se desenvolver em especial na área educacional, com a fundação do Grupo Positivo, que é  um dos maiores grupos educacionais da América Latina. Enfim, fui buscar o há de melhor para, acima de tudo, poder resgatar a esperança das pessoas na política e, isso só se faz isso com pessoas que têm credibilidade".  

Cenário eleitoral com desistência de Osmar Dias 
"Toda disputa é dura, é concorrida e pesada. Sempre tive bom relacionamento com o Osmar, inclusive gostaria muito que ele tivesse sido candidato a senador pela nossa chapa, mas ele acabou tomando a decisão de abrir mão da vida pública e respeitamos isso. Boa parte do time do Osmar, prefeitos e lideranças que eram próximas a ele estão vindo para a nossa campanha porque entendem que o nosso é o melhor projeto. Com a desistência de Osmar na disputa a governador, vou trabalhar no mesmo ritmo ou até mais ainda, de uma forma constante para consolidar o nosso projeto". 

Avaliação das pesquisas eleitorais 
"A pesquisa é importante, porque com ela a gente faz uma reflexão de estratégia de campanha por região, mas não nos deixamos levar por número. Quando falo que vou trabalhar redobrado, é porque a pesquisa não tem influência no dia a dia da campanha. Afinal, não tem nenhuma pesquisa mais importante do que aquela que acontece na urna". 
 

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