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“Vou trabalhar duro para que as coisas aconteçam”, afirma Oriovisto

Após 40 anos à frente do Positivo, um dos principais grupos do país, o Professor Oriovisto Guimarães, decidiu concorrer ao cargo de senador nas eleições de 2018, pelo Podemos.
Ele saiu de 1% das intenções de votos no início da campanha – segundo pesquisas divulgadas – para ser eleito ao cargo em primeiro lugar do Paraná, com quase três milhões de votos, fazendo parte do índice de renovação que chegou a 85% no Senado. 
Em Brasília, Professor Oriovisto quer combater a corrupção, discutir as reformas política, previdenciária e tributária, além de buscar a união entre os senadores que representam o Paraná na defesa dos interesses do estado. 
Ao Diário dos Campos, o senador eleito destaca que o momento pós-eleição é de preparação e articulações políticas. Ele avalia ainda os desafios que vêm pela frente. Confira trechos da entrevista. 

Mais votado do Paraná 
"É uma sensação de reconhecimento de três milhões de pessoas que concordam com o que eu penso. É muito bom e ao mesmo tempo dá uma responsabilidade enorme em se esforçar para colocar em prática todas as propostas que foram apresentadas para a população. 
Saí de 1% para a eleição em primeiro lugar. Atribuo a ascensão à propaganda eleitoral no rádio e, especialmente, na televisão. Quando eu comecei a aparecer, percebi que aceitação era grande.
O Brasil precisava de renovação e gosto desta ideia. Por isso mesmo ter apenas um mandato e não vou me candidatar à reeleição. Quero dar minha contribuição no Senado e depois voltar a trabalhar na iniciativa privada".". 

Experiência profissional 
"Ser presidente do Positivo me ensinou a ser líder de uma equipe enorme, com dez mil funcionários.  Durante os 40 anos que presidi o grupo, tive que tratar com órgãos governamentais, conhecer muito sobre educação e estudar muito, exerci liderança por persuasão e não imposição. Tudo isso me trouxe uma bagagem que vai ser muito útil no Senado, mas a experiência que mais vai ajudar é fazer mais com menos dinheiro. Em uma empresa privada a gente aprende a economizar e é isso que o governo brasileiro precisa aprender a  fazer". 

Preparação para a posse
"O período que vai do resultado das eleições até a posse no Senado, em 1º de fevereiro de 2019 é de muito trabalho. Já organizamos todo o gabinete, e definimos os assessores. Estou estudando muito, especialmente temas relacionados às reformas, e desde já, formando uma frente parlamentar 'do bem'. Estou empenhado para que o novo presidente do Senado seja honesto, ficha limpa. Agora é a hora de se preparar em profundidade para não ser contrariado ou para não falar o que não é verdade". 

Postura política
"Pretendo fazer o que sempre fiz na minha vida: cumprir minha palavra, ser honesto, simples e objetivo. Precisamos de leis mais duras contra corrupção e acabar com privilégios indevidos. Temos que lutar para fazer as reformas tributária e política, e aprovar algumas PECs que alterem legislação para que, em definitivo, a pessoa condenada em segunda instância comece a cumprir a pena, e que não fiquemos ao sabor da interpretação de ministros do Supremo. 
Quero representar bem o estado. Para isso, tenho conversado com os senadores Alvaro Dias e Flavio Arns para que, pela primeira vez, o Paraná tenha senadores que trabalhem juntos pelo estado. Nós três pensamos da mesma forma em relação ao que diz respeito ao Paraná. Vou trabalhar duro para que as coisas aconteçam no país".

Reforma da Previdência 
"A reforma da Previdência é um assunto muito complexo, mas desde já existem algumas coisas óbvias que posso dizer. Existem dois tipos de previdência e muitos privilégios neste modelo. Somos 91 milhões de pessoas da PEA [população economicamente ativa] e para estes existe um modelo em que se contribui a vida inteira e a média de aposentadoria fica em R$ 2 mil, sendo muito difícil atingir o teto, que é R$ 5 mil. 
Mas, no setor público, por exemplo, um governador com R$ 35 mil ao mês, sem falar das aposentadorias especiais.Isso tem que acabar: a previdência tem que ser a mesma para todos os brasileiros. Temos que respeitar os direitos adquiridos e alguns setores que merecem tratamento especial, no caso de militares,  e quem desenvolve trabalhos insalubres. Além disso, estamos vivendo mais, e a pirâmide populacional está mudando, portanto teremos que mexer na idade da aposentadoria".

Relacionamento com o governo estadual 
"Convivi a campanha ao lado de Ratinho Junior [PSD] e tenho a melhor das impressões do governador. Ele é um jovem preparado, honesto, e bem intencionado, que deve fazer um governo muito bom. A intenção é que a bancada do Paraná no Senado tenha reuniões frequentes com ele, pois está na hora de esquecermos partido político e lembrar que somos paranaenses". 

Desafios que os eleitos terão pela frente
"Os problemas vão muito além dos escândalos revelados pela operação Lava Jato. No Senado devemos aprovar leis ainda mais duras contra os crimes de colarinho branco. Além disso, o Brasil tem problemas enormes na área da gestão pública, seja pela corrupção, ou pela má gestão dos recursos. Assim, além das reformas que já estão em discussão, precisaremos reformar a gestão  do país. O governo arrecada 1/3 de tudo que a iniciativa privada produz. Precisamos emagrecer este governo e fazer com que realmente haja retorno em educação e segurança de qualidade. Precisamos mudar a estrutura dos tributos, fazendo com que o dinheiro fique onde precisa ser usado, que é nos municípios".

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