em

Policial militar de Ponta Grossa é preso por extorsão

A Polícia Militar de Ponta Grossa cumpriu, na semana passada, o mandado de prisão de um sargento do 1º Batalhão de Polícia Militar (1ºBPM). O inquérito policial concluiu que havia provas suficientes e indícios de autoria de que Ednilson José Ferreira Matoso havia praticado o crime de extorsão. Diante disso, o juiz da 2ª Vara Criminal de Ponta Grossa, Andre Luiz Schafranski, expediu mandado de prisão, condenando o policial a cinco anos e quatro meses em regime semi aberto.

Conforme foi apurado, o policial em questão chegou a receber valores em dinheiro mediante grave ameaça feita contra as vítimas. O crime em questão teria sido registrado em 15 de setembro de 2011, quando o policial, com o objetivo de cobrar uma dívida em favor de um terceiro, foi até uma residência e, no intuito de intimidar, teria mostrado a arma de fogo em sua cintura, além de proferir ameaças verbais contra o proprietário do imóvel, de nome Marcos. O sargento pediu que o cidadão chamasse até o endereço o homem de nome Leonardo, que devia dinheiro e, como o mesmo não compareceu ao local, parte da dívida foi cobrada de Marcos no mesmo dia.

O policial teria obrigado Marcos a ir até uma agência bancária para efetuar saque no valor de R$ 550. No mesmo dia, o policial também teria deixado um recado, em tom de ameaça, ao filho de Leonardo. Mais tarde, em outra ocasião, fez ameaça por telefone diretamente ao devedor.

O inquérito apontou, ainda, que a vítima efetuou o pagamento de R$ 5 mil ao policial. No entanto, este não repassou o valor ao credor. De acordo com o comandante do 1º BPM, tenente-coronel Edmauro de Oliveira Assunção, a situação já havia sido alvo de processo administrativo, que gerou punição de prisão ao sargento por 21 dias, entre os anos 2015 e 2016.

“O que precisamos destacar é que a própria Polícia Militar deu cumprimento ao mandado de prisão emitido. No início desta semana, ele foi conduzido ao Batalhão da Polícia da Guarda, em Curitiba”, disse o comandante.

 

Defesa

O advogado de Matoso, Edson Aparecido Stadler, já conseguiu a redução da pena, que originalmente seria de seis anos. Também evitou que o policial ficasse impedido de exercer a função de policial. “Agora ele permanece cumprindo prisão em regime semiaberto, aguardando um recurso especial e extraordinário junto ao Superior Tribunal de Justiça e ao Supremo Tribunal Federal. A defesa nega a autoria, assume que o fato existiu, mas acredita que não configura extorsão, já que ele também tinha interesse na cobrança da dívida”, diz Stadler, que espera reverter a condenação do sargento.

Arquivo DC
Stadler: “Defesa assume fatos, mas nega extorsão”

Participe do grupo e receba as principais notícias da sua região na palma da sua mão.

Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.