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A importância do “gostar” do professor na questão da aprendizagem

Por Lílian Yara de Oliveira Gomes (CRP  08/17889)

Tenho recebido muitas queixas de pais, “que seus filhos não vão bem na escola, por conta de não gostarem de alguns professores e por isso, tiram notas baixas”. 
Até que ponto isso pode influenciar as notas dos alunos? Ter empatia e carinho pelo professor pode determinar o aprendizado e/ou influenciar no rendimento escolar? Creio que essa deve ser uma das preocupações das escolas, no seu projeto político-pedagógico, no sentido de garantir que as relações professor-aluno se deem de forma a mais afetiva e de confiança possível.
Percebemos, que há muitas reclamações acerca do contexto escolar, e a insatisfação é recíproca entre professores e alunos. Em alguns casos, a escola “culpa” os pais por não educarem seus filhos para o respeito, por exemplo e os pais “culpam” a escola por não terem o devido domínio sobre seus alunos.
Essa situação é complexa e envolve muitos aspectos a serem avaliados: -“ a relação professor-aluno parece ser permeada por animosidades ou conflitos”; – impasses são estabelecidos; “entender ou repreender ?”; -“orientar ou ignorar?”
Segundo Paulo Freire, “a prática educativa é algo muito sério. Lida com gente, com crianças, adolescente ou adulto. Ajudamo-los ou os prejudicamos nesta busca. E podemos concorrer com nossa incompetência, má preparação, irresponsabilidade, para o seu fracasso (FREIRE, 1997, p.32). O professor desenvolve um papel de grande responsabilidade, pois é um contribuinte essencial na formação dos seus alunos. E no caso do pedagogo, mais especifico ainda, pois é responsável pelo desenvolvimento da criança, e por desempenhar as atividades que faz com que o seu aluno se desenvolva integralmente”.
    Considero de suma importância, o estabelecimento de laços afetivos entre professores e alunos, com limites claros para que os alunos estabeleçam o respeito, a concentração para a efetiva aprendizagem e que os pais também participem efetivamente da vida escolar de seus filhos. 
Muitas vezes, se os pais dizem: “no meu tempo de aluno, eu não gostava de matemática…” os filhos poderão ser induzidos a também não gostar dessa disciplina e por conseguinte não “gostar” do professor e assim a dificuldade pode se instalar e com isso, não dar a devida importância às aulas e as notas serem baixas.
Importante se faz, acompanhar a forma de estudo que o aluno realiza, quando faz a tarefa, se o faz em ambiente livre de “outros estímulos” que possam dispersar a sua atenção, como o celular, tv ligada, pessoas conversando. Dessa forma o aluno poderá gostar tanto do professor como da disciplina, por mais dificuldade que a mesma possa apresentar.

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