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A Olímpiada Brasileira de Química

Maurici Luzia Charnevski Del Monego

Doutora em Engenharia do Ambiente pela Universidade do Porto, Portugal.

Coordenadora da Olimpíada Paranaense de Química

Professora da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Curitiba

 

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A Olimpíada Brasileira de Química (OBQ) é um evento de cunho competitivo que se destina a estudantes do Ensino Médio de escolas públicas e privadas de todo território nacional. Os participantes são divididos em duas modalidades: Modalidade A – alunos da 1ª e da 2ª série do Ensino Médio e Modalidade B – alunos das demais séries do Ensino Médio. Este evento é composto de duas etapas, sendo cada uma dividida em três fases. A primeira etapa compreende as Fases I, II e III, sendo que as duas primeiras fases são de âmbito estadual, que no caso do Estado do Paraná recebe o nome de Olimpíada Paranaense de Química (OPRQ). A OPRQ é promovida e realizada pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) desde o ano de 2001 e já atingiu mais de 25 mil estudantes. É uma oportunidade para que jovens talentos nesta área do saber possam mostrar a todo o Estado, ao Brasil e ao mundo os seus conhecimentos e o seu valioso potencial científico. Os 56 alunos que apresentarem os melhores desempenhos na OPRQ poderão participar da Fase III da OBQ. Os melhores classificados nos exames da Fase III participam da segunda etapa, que tem por objetivo selecionar os estudantes que representarão o Brasil na Olimpíada Internacional de Química e na Olimpíada Ibero-Americana de Química, estas são realizadas em países diferentes a cada ano.

A forma de premiação e estímulo a estes alunos é via entrega de medalhas, troféus e menções honrosas. Além disso, Universidades no exterior oferecem vagas aos medalhistas, sendo vários os exemplos de alunos brasileiros que já cursaram suas graduações ou estão cursando em tais Universidades, como Harvard e Stanford. Infelizmente, ainda não houve alunos do estado do Paraná que obtiveram esta oportunidade.

Ao se engajar em uma Olimpíada, o aluno pode criar vínculos com a escola e mudar sua atitude com relação às disciplinas temas das competições. Essa atividade extracurricular é uma oportunidade para alunos e professores saírem da rotina da sala de aula e desenvolverem outros tipos de relações sociais por meio da interação em diferentes momentos extraclasse. Há um déficit muito grande em relação à participação dos alunos do Paraná, tanto de escolas públicas quanto particulares nas Olimpíadas de Química. Segundo o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (IPARDES) em 2017 havia 439.765 jovens que estavam matriculados no Ensino Médio, porém a participação dos alunos na OPRQ foi de 2.600 inscritos, ou seja, menos de 0,5%. Existe uma enorme preocupação em ampliar a participação das escolas nas Olimpíadas de Química aumentando o número de estudantes envolvidos, pois, dessa forma valoriza-se o conhecimento científico no âmbito da escola, família e sociedade.

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