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Análise por separação

Evaldo Toniolo Kubaski

Doutor em Engenharia pela Escola Politécnica da USP

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Alguns dos fatores que fazem com que a ciência evolua de forma vertiginosa estão relacionados à melhoria, à precisão e à quantidade de novos equipamentos que surgem a cada dia.

Percebemos que é possível detectar doenças cada vez mais prematuramente e com maior grau de precisão quando comparado há décadas.

Tudo isso melhora nosso conforto, tempo e qualidade de vida.

Isto é a aplicação do conhecimento científico e tecnológico que se faz ao redor do mundo.

Um processo físico-químico de caracterização de misturas bastante conhecido pelos químicos é a chamada cromatografia, que é a separação de misturas quando essas são constituídas de fases sólidas em uma solução, uma mistura homogênea de duas ou mais substâncias.

A cromatografia consiste no fato das substâncias presentes na mistura terem diferentes propriedades, dentre elas a densidade e composição, assim, a interação delas com as duas fases imiscíveis (fase estacionária e fase móvel) será diferente também.

Neste caso existem duas fases, a estacionária e a fase móvel. A fase móvel se desloca através da fase estacionária por ação de um solvente líquido ou gasoso.

Na fase móvel, se colocarmos cada substância da mistura para “correr”, cada uma delas terá velocidade diferente.

Assim, com o tempo as substâncias sólidas da mistura se separam e é possível identificar cada fase.

Existem vários tipos de sistemas cromatográficos: em coluna, através da cromatografia líquida, gasosa e supercrítica; também pode ser planar através de centrífuga, em papel e camada delgada.

Em relação à fase móvel existem a cromatografia gasosa, a gasosa de alta resolução, a líquida clássica, a líquida de alta eficiência e a cromatografia supercrítica.

Já em relação à fase estacionária, ela pode ser líquida, sólida e quimicamente ligada.

Agora que sabemos um pouco do conceito e tipos de cromatografia vamos propor uma brincadeira de químico:

Pegue um papel de coar café e corte em tiras de aproximadamente 2 cm de largura por 10 cm de altura.

Nessa tira de papel cortado, marque um ponto a 2 cm da base do papel com uma caneta porosa.

Pode repetir em outras tiras com outras cores para comparar também.

Coloque em um copo 1 cm de álcool e com cuidado deixe a tira de papel de pé no copo sem que o álcool entre em contato direto com o ponto feito com a tinta da caneta porosa. O ponto deve ficar para baixo, próximo ao álcool.

Espere o álcool ser absorvido pelo papel e deixe-o ultrapassar o ponto de tinta. Observe a separação das cores que compõem a cor.

O leitor acabou de realizar uma cromatografia! Bom experimento!

 

 

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