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AUTOCONFIANÇA

Uma noite estava chegando à universidade para lecionar e um dos alunos da turma estava carregando uma caixa de violino com o instrumento no seu interior. Quando falei com ele, fiz aquela pergunta que todos fazem para uma pessoa que carrega um violino (ou outro instrumento qualquer): “você toca violino?” Diante da resposta positiva dada pelo aluno, pedi a ele que tocasse uma ou duas músicas no início da aula. Olhando ao redor, e talvez inseguro pelo fato de estar diante de seus colegas de classe, ele deu uma série de respostas evasivas e não fez a apresentação. Insisti dizendo que não teria problema se a execução não fosse perfeita, mas ele visivelmente incomodado, reiterou a negativa. Essa atitude fala muito sobre como estava a autoconfiança daquele garoto. Depois dessa noite eu passei a prestar mais atenção em situações como essa e vi que é mais comum do que parece. Pessoas preparadas, qualificadas, experientes, mas que no momento em que são chamados a assumir responsabilidades, não conseguem por não acharem que são capazes de corresponder à altura. Há pouco tempo um conhecido meu recebeu uma proposta de promoção, mas inseguro e pouco confiante, deu a pior resposta aos seus superiores.

ZONA DE CONFORTO

Não aceitar uma proposta de promoção não é, necessariamente, a pior resposta. Ele não disse não, mas também não disse sim. Propôs que fizesse um teste na nova função mas que não contratassem outra pessoa para seu cargo atual. Caso ele não desse certo, voltaria para o cargo antigo. Por que essa foi a pior resposta? Porque demonstrou fragilidade, insegurança e pouca autoconfiança. Ao propor guardar a função atual, seus gestores entenderam que ele não estava se sentindo preparado para assumir as responsabilidades do novo cargo e que não daria o seu melhor para consolidar a nova posição, pois sabia que tinha uma condição de segurança. Além de que nas próximas possibilidades de crescimento, essa marca estará afixada nele. Ao não abrir mão da segurança, acabou abrindo mão das oportunidades. A zona de conforto é a maior assassina de carreiras que eu já conheci. O problema é que é preciso muita potência e autoconfiança para enfrentar sua zona de conforto, pelo simples fato de que é mais fácil esconder as fraquezas do que enfrentá-las. E quantas oportunidades na vida nós perdemos por medo?

QUANDO VOCÊ CRESCER

O meu conceito de sucesso profissional não tem como premissa o fator dinheiro. Obviamente que ter bons salários é ÓTIMO, mas o sucesso está mais associado, em minha opinião, com a capacidade de ser feliz com o seu trabalho. E isso é algo muito mais subjetivo do que quanto você ganha por mês. Quem nunca usou a frase “naquela empresa a gente ganhava mal mas se divertia”. Porque nessa empresa da saudosa memória, as pessoas estavam felizes em seus trabalhos. E por que trocam de emprego? Pela necessidade que todos temos de crescer, de buscar novos horizontes e desafios. Poucos são os que gostam de ficar estagnados. A maioria quer progredir. Ao não assumir responsabilidades, abre-se mão do crescimento. Trabalhar para pagar as contas e não para se realizar como indivíduo é uma boa maneira de se tornar um profissional medíocre. Quem consegue ter ânimo, motivação e alegria quando está fazendo algo de que não gosta? O sucesso cobra decisões e atitudes que muitas vezes fogem da linearidade e te levam a um lugar desconhecido e pouco frequentado. O lugar das pessoas que escolheram correr atrás de seus sonhos e nadaram contra a corrente.

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