em

Dia dos Pais ou Dia de quem cuida?

Lílian Yara de Oliveira Gomes

CRP  08/17889

 

Historicamente a cultura, atribuiu à mulher todas as responsabilidades quanto à criação de seus filhos. Ainda hoje, o papel paterno não está claro, porque se tem a ideia, de que às mães, apesar de muitas vezes acumularem seus papeis de profissionais, donas de casa e mães, ainda cabe esse último somente a elas. Filhos são de ambos, não se pode mais fixar as decisões, escolhas e responsabilidades somente nas mães. Os pais devem participar, acompanhar o desenvolvimento de seus filhos e cooperar na educação, conhecer as etapas do desenvolvimento infantil, colaborar com a vida escolar de seus filhos e demonstrar afeto em comunhão com as mães.

Importante se faz, que os pais propiciem um desenvolvimento positivo, seguro dos filhos, para que os mesmos desenvolvam autonomia, segurança para saber lidar com a diversidade de situações que a vida possa apresentar. É importante que os filhos possam se desenvolver num ambiente em que haja “presença”, apoio e proteção. Filhos, fazem “espelho”, “modelo” e, portanto o pai deve dar segurança, gerar confiança e independência.

O modelo masculino é fundamental para o desenvolvimento saudável na formação da identidade dos filhos. A mãe vivencia um vínculo mais profundo com o bebê muito antes do pai, na gestação e na amamentação. Porém, esse processo também é construído através do “desejo do pai” desde o momento que a criança é concebida, desejada. O acompanhamento da gestação, auxiliar nas tarefas relativas à amamentação, ajudar no banho, cuidar para que a mãe tenha um tempo para ela, assumir as tarefas domésticas quando a mãe trabalha fora, enfim, compartilhar, são atitudes imprescindíveis para o equilíbrio dos filhos.

E não podemos esquecer das novas constituições familiares, nas quais não necessariamente vamos ter casais heterossexuais, e os filhos desses casais homo-afetivos, poderão se desenvolver de forma adequada e sadia, fazendo todas as etapas do desenvolvimento de maneira satisfatória, sentindo-se amados e recebendo todo o afeto e cuidado a que têm direito.

Outro fator a ser considerado, é quanto aos novos modelos familiares, onde filhos de pais separados, passam a conviver com outra família, que não a sua de origem. Isso exige preparação, responsabilidade, respeito e diálogo aberto acerca do papel de cada um, nesse contexto.

Portanto, exercer essa função, não necessariamente é exclusiva de um sujeito do sexo masculino, pois muito além de ser Pai é ser “cuidador”, exemplo de dignidade, de presença, de afeto e amor.

Participe do grupo e receba as principais notícias da sua região na palma da sua mão.

Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.