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Dia dos Pais ou Dia de quem cuida?-19

Lílian Yara de Oliveira Gomes

                          CRP  08/17889

 

Ainda acerca da temática dos Dia dos Pais, refleti que em nossos dias temos muitos Pais, sendo representados por Tios, Avós, Primos e até por amigos e também por Famílias Substitutas. Sim, todas com letra Maiúsculas…

Segundo Meiridiane Domingues de Deus* e Ana Cristina Garcia Dias*, In “Avós Cuidadores e Suas Funções: Uma Revisão Integrativa da Literatura”, “os avós são fonte de apoio, carinho e afeto para filhos e netos, o que os torna, em muitos casos, amados, admirados e respeitados (Dias, Hora & Aguiar, 2010). Eles podem exercer apoio moral, financeiro e suporte afetivo tanto para os filhos como para os netos (Cardoso, 2011), apoiando e/ou substituindo os pais, contribuindo para que as crianças consigam lidar com a ausência física dos pais. A partir da década de 80 houve um aumento do interesse da comunidade científica em pesquisar a relação entre avós e netos. Isso ocorreu devido ao aumento da expectativa de vida, o que propiciou o aumento do número de famílias multigeracionais (Cardoso, 2011; Osuna, 2006)”.

“Os estudos também reconheceram o papel dos mesmos transmissores da história familiar, ao contarem suas histórias de vida aos netos, narrando os acontecimentos da própria infância e a de seus filhos (pais dos netos) (Dias & Silva, 1999). Nos anos 2000, com o reconhecimento do significativo envelhecimento da população mundial, observou-se a existência de um elevado número de bisavós nas famílias. Além disso, foram desenvolvidas pesquisas sobre os avós como responsáveis pelo provimento familiar e na função de cuidadores dos netos (Falcão, 2012). Atualmente, observa-se que os pais, em função das suas atividades cotidianas, têm cada vez menos tempo para se dedicarem aos filhos, com isso, os avós das crianças efetivamente passam a ser importantes fontes de apoio, segurança, estabilidade e suporte emocional para os seus filhos nos momentos de estresse e/ou dificuldade no grupo familiar (Dias, Hora & Aguiar, 2010; Rabinovich, Moreira & Franco, 2012; Silva, Magalhães & Cavalcante, 2014). Algumas particularidades nas diferentes configurações e dinâmicas familiares (por exemplo: nos casos de separação, demanda de trabalho dos pais, abandono parental, doença e morte de um dos genitores, entre outros) levam os avós a desempenhar a função de pais substitutos e cuidadores (Oliveira, 2011; Pinto, Arrais & Brasil, 2014; Vitale, 2008). Esses avós podem apresentar um amor incondicional pelos netos, considerando estes como fontes de renovação de si e da família, concedendo-lhes mimos e caprichos (Pessoa, 2005). De acordo com Oliveira (2011), os avós dificilmente se recusam a desempenhar atividades relativas aos cuidados com os netos. Eles parecem assumir um compromisso maior com sua descendência, o que contribui para que eles se responsabilizem pela prole de seus filhos, ainda que essa atividade possa lhes trazer algum prejuízo em suas atividades diárias”.

O importante é considerar o papel e o compromisso que estes outros sujeitos exercem na formação desses seres que lhe foram confiados: dando-lhes condições de acolhimento e afeto, porém com limites e responsabilidades.

Fonte:* 1 Psicóloga, Especialista em Gestão de Organização Pública em Saúde pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Mestre em Psicologia (UFSM). Discente de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).* 2 Psicóloga, Doutora em Psicologia (USP), Docente do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

 

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