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EM SUA MENTE HÁ UM LUTADOR

Não devemos criar nossos filhos com limites. Parece um absurdo falar dessa forma, mas é a pura verdade. Colocar limites é colocar bordas. É colocar barreiras e dizer a uma pessoa até onde ela pode ir. Como já disse outras vezes, criamos nossos filhos como frangos e queremos que lutem como leões. Só existe uma maneira de fazer com que nossos filhos enfrentem a vida: ensinando-os a serem lutadores. Isso implica em não colocar limites, pois os limites acabam potencializando o medo. Medo de transpor, de transgredir o modelo mental estabelecido. Medo de ir contra a corrente. De não aceitar a zona de conforto como uma conquista, mas sim como uma prisão. Todos nós deveríamos ter nossa criação baseada em valores, e não em limites. O respeito ao próximo. A aceitação das diferenças. A honestidade. A sustentabilidade. O altruísmo… estes são alguns dos valores universais que devem nortear a caminhada de cada pessoa neste mundo. Não há necessidade de limites, mas há uma premência por valores. Valores estes que parecem estar rareando a cada dia que passa. É preciso que cada um tenha a mente de um lutador. Tenha o coração de um guerreiro, mas não à moda antiga, mas das batalhas modernas. Num mundo onde a superpopulação se aproxima, onde o populismo tem corroído os governos, onde a desigualdade de renda e a tecnologia está jogando muitas famílias no lixo. É preciso que novas formas de ver o mundo e a humanidade sejam criados e distribuídos ao redor do planeta.

Repetindo o que aprendemos

A questão é que para conseguirmos passar aos filhos essa capacidade de transformar as coisas, precisamos quebrar primeiro um modelo mental que nos foi passado. Nós adultos acima dos 35 anos fomos criados em uma época em que a mãe ainda estava dentro de casa e o pai era o provedor da casa. Só existia um modelo de família, pouquíssima tecnologia e era um orgulho trabalhar no mesmo emprego até se aposentar. O mundo era maior do que hoje, pois uma viagem internacional era algo quase inimaginável. Nessa época, o bom e velho chinelo havaianas e a varinha de marmelo eram parceiras fiéis da educação dos filhos. E até hoje relutamos em abrir mão desse formato de educação. Levei muitas chineladas, porque não fui uma criança “calminha”. Mas não me lembro de uma surra (a palavra é pesada, porque não era bem isso que a mãe fazia) que me fez ser melhor cidadão. Mas houve algumas vezes em que minha mãe ficou tão decepcionada comigo que não teve energia nem para ralhar comigo. Nessas vezes eu aprendia muito mais e meu caráter se transformava mais do que com qualquer chinelada, pois não queria causar aquela sensação novamente na pessoa mais importante da minha infância. Eram valores sendo infundidos na minha mente.

FORMANDO UM LUTADOR

Ao mesmo tempo minha mãe me ensinou, com seu exemplo, a ser um lutador. Ela nunca desistiu de nós. Nunca esmoreceu e nunca demonstrou fraqueza, apesar de enfrentar uma batalha muitas vezes maior que suas forças e capacidades. Valores e exemplo. Combinação perfeita para formar lutadores. Se não quero que meus filhos fumem, não devo fumar perto deles. Se quero que sejam trabalhadores, devo exaltar o trabalho e ensiná-los o seu valor. Não se ensina a lutar se nos entregamos na primeira dificuldade. E na minha jornada como professor, vejo tantos jovens que perderam a vontade de lutar ainda no início da vida. Olhos sem brilho. Corações vazios. Essa atitude foi plantada em seus corações durante sua infância. Por isso, olho para meus filhos e vejo que são uns pestinhas. Mas respeitam a família, amam a escola, reconhecem o valor do trabalho e são felizes. Quebrar a corrente e tentar uma nova forma de educar, de desenvolver caráter e de formar pessoas é o grande desafio da nossa geração. Não vivemos mais em um tempo em que as crianças precisam apanhar para aprender. Elas irão aprender muito mais com o exemplo e com os valores, e poderão ser pessoas de futuro ilimitado.

A chave para o sucesso e para a independência está na mente de cada pessoa.

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