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Legado de Jesus pode iniciar uma nova era

O técnico do Grêmio, Renato Gaúcho, disse a poucos dias que o futebol brasileiro está acabando. O ex-craque, que tinha o drible como maior característica, tem razão. Na verdade, aquele futebol brasileiro, que chegou a ser chamado de arte, com certeza não existe mais. Talvez a última geração de jogadores que buscavam espaços através de jogadas individuais tenha sido aquela que foi campeã mundial na Copa da Coréia e do Japão, em 2002.

Aquela seleção brasileira talvez tenha sido mesmo o último suspiro do chamado futebol arte tupiniquim. Ronaldinho Gaúcho, Rivaldo, Roberto Carlos, Ronaldo, etc.  Na decisão, o Brasil bateu a Alemanha por 2 a 0, gols do Ronaldo Fenômeno. O técnico era Luiz Felipe Scolari. Aliás, foi uma Copa do Mundo com uma boa média de gols. A rede balançou 158 vezes, com uma média de 2,45 gols por partida.

Na ocasião, ninguém imaginaria que o futebol brasileiro desapareceria, a ponto de tomar 7 a 1 da mesma Alemanha numa semifinal de Copa do Mundo, em pleno Mineirão, em 2014. O detalhe fica por conta de que o técnico da seleção brasileira era o mesmo do título de 2002. Portanto, num rápido olhar, dá para perceber que a mudança aconteceu dentro do campo. Sumiram os craques.

Hoje em dia não se fala e ataque. O que conta é o setor defensivo, no qual os treinadores gastam muito mais tempo trabalhando posicionamento e fundamentos defensivos. Essa mudança não é de agora e teve a semente lançada lá na Copa do Mundo de 1982, na Espanha, quando o Brasil precisava apenas de um empate e acabou eliminado do Mundial após perder por 3 a 2 para a Itália. Desde então, só se fala em marcação e tudo mais, até chegar nisso que estamos vendo hoje. Quem sabe o exemplo de um técnico estrangeiro como Jorge Jesus, seja a aurora de uma nova era.

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