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O impacto da notícia

Lílian Yara de Oliveira Gomes

CRP  08/17889

 

Em nossas vidas somos constantemente impactados com notícias, informes que muitas vezes nos dizem respeito diretamente, outras nem tanto, porém não menos impactantes.  Em ambas as circunstâncias, irão gerar maior ou menor impacto, seja nos fazendo refletir acerca do noticiado, seja no sentido de que o fato anunciado está bem perto de nós e nos afeta direta e afetivamente.

            Como lidar com isso? No momento em que nos deparamos com o comunicado, seja acerca de um diagnóstico médico, que nos envolva ou envolva alguém que amamos ou conhecemos, o choque é inevitável.

O que fazer? Como reagir ou ajudar? Como tal situação poderá afetar toda uma vida, os sonhos, planos, desejos.

            Notícias ruins, prejudicam nosso equilíbrio emocional? Ou por meio delas é que constatamos o quanto estamos equilibrados para enfrentá-las?

“Importante que se saiba é que, quando nosso cérebro percebe uma situação como ameaçadora, o sistema nervoso simpático aumenta a produção de cortisol e adrenalina, fazendo com que os batimentos cardíacos e a respiração acelerem. O perigo faz também com que nossa pressão suba e os músculos se contraiam. Até aqui, obviamente, nada de anormal, pois fomos preparados ao longo de toda nossa evolução para lidar com as adversidades da vida. Entretanto, quando esse processo deixa de ser ocasional e se torna crônico e repetitivo, as reações sentidas pelo corpo são potencializadas e podem, dessa forma, dar início a uma série de efeitos prejudiciais como, por exemplo, reduzir o calibre dos  vasos  que, com o passar do tempo, aumentam o risco de hipertensão, de arritmias cardíacas, dos problemas de pele, distúrbios digestivos e, finalmente, tem o poder de reduzir nossa capacidade mental…”

            Nesse sentido também cabe ressaltar a importância da rede de apoio, principalmente, a familiar. Nossos “eus afetivos” que nos ajudam no enfrentamento da situação, seja por perda de familiares, por doenças crônicas, por acidentes…

            Nos alerta Dr. Cristiano Nabuco, “será, que à medida que o contato com as notícias desfavoráveis volta a acontecer, nosso cérebro começa a criar uma espécie de "barreira de proteção" emocional – um tipo de anestesia psicológica, fazendo com que nos acostumemos de maneira progressiva aos fatos ruins, ou seja, nos fazendo ficar mais tolerantes e insensíveis aos fatos? NÃO, mesmo que os fatos desfavoráveis não aconteçam diretamente conosco, os efeitos nocivos ocorrerão”.

“A exposição às temáticas mais carregadas das mídias, pode exacerbar e contribuir para o desenvolvimento do estresse, ansiedade, depressão ou ainda o conhecido transtorno de estresse pós-traumático, descrito pelos soldados que retornam de uma guerra, pela perda de um emprego, pelo assédio moral, por comportamentos opositores de alunos na escola, por ambientes ostensivos e escravizantes, etc”.

            “A esse respeito, um estudo realizado com americanos, após os ataques terroristas nas torres gêmeas, no fatídico 11 de setembro de 2001, revelou que apenas assistir às cenas transmitidas desse evento traumático, já era suficiente para desencadear os sintomas de medo e tensão em algumas pessoas e, o mais importante, a gravidade dos sintomas registrados esteve diretamente correlacionada com a quantidade de tempo que as pessoas passavam revendo tais acontecimentos”. Fonte: https://cristianonabuco.blogosfera.uol.com.br/

            Dessa maneira, teremos que encontrar em nós, muita capacidade de “resiliência” frente aos acontecimentos, fazendo o enfrentamento, aceitando os fatos tais como se apresentam. E, quando nos sentirmos incapazes de enfrentar sozinhos, buscar ajuda, realizar Psicoterapia, onde teremos uma escuta atenta e profissional, capaz de nos ajudar a perceber as consequências do “impacto da notícia”!

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