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Olimpíadas do conhecimento

 

Sergio Mazurek Tebcherani

Doutor em Química pela UNESP

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Desde 1986 abracei a profissão de professor e iniciei minha carreira ministrando aulas em colégios estaduais de Palmeira, Carambeí e Ponta Grossa. Nesta última cidade foram vários colégios entre os da rede estadual e um particular.

No início as coisas não eram muito fáceis, precisava aproveitar as poucas oportunidades que apareciam.

Fui professor de matemática financeira, física, matemática, ciências e química. Estudava no curso de química na UEPG e, paralelamente, assumia uma carga horária de aproximadamente 40 horas por semana, intercaladas nas escolas dos municípios já mencionados.

Posteriormente entrei como professor no departamento de química da UEPG, no antigo CEFET e agora novamente na UTFPR.

Para mim, a vida é aceitar desafios, ser competitivo e gostar muito do que faz.

Isso tudo é muito gratificante, porém, nunca me sentiria um professor completo se apenas transmitisse o conhecimento e formasse os alunos (filhos dos outros) deixando de lado os meus filhos.

Pertencente a uma família de professores, visualizamos uma educação mais completa, e exercemos a constante tarefa de incentivar, motivar e investir no que existe de atualidade do campo do saber.

Esta concepção atinge o ápice quando as crianças (alunos ou filhos) começam a gostar de participar das Olimpíadas dos Conhecimentos.

Hoje em dia existem muitas delas em praticamente todas as áreas do saber.

Só no campo da matemática tem a internacional Canguru, para nossa cidade, a Olimpíada ponta-grossense de Matemática (OPMAT), a Olimpíada Paranaense de Matemática (OPRM), a Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM), a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) e muitas outras, inclusive as disputas internacionais.

A iniciação nessas Olimpíadas começa pela curiosidade da participação e, quando o interesse evolui, passa a exigir cada vez mais do conhecimento dos participantes.

Neste estágio aparece a vontade natural de conhecer mais e se superar e, para isso, existem locais adequados.

É muito comum os pais se projetarem no sucesso dos filhos chegando a acreditar que têm dentro de casa verdadeiros “mitos”, mas, na verdade, esta é uma concepção muito equivocada. Os pais estão apenas oportunizando futuros indivíduos mais competitivos e preparados que a média para o mercado competitivo. Precisa mais que isso?

Sem dúvida, essa é a maior, melhor e mais garantida herança que os pais podem deixar para seus filhos.

Prova disso são que algumas Universidades renomadas de fora do Brasil valorizam algumas dessas Olimpíadas do Conhecimento com vagas para os jovens medalhistas. No Brasil a Unicamp já sinaliza para esse processo, abrindo vagas em alguns de seus cursos para os medalhistas dessas Olimpíadas.

Acredito que logo as Universidades perceberão essas excepcionais oportunidades que elas têm à disposição.

Como professor, acredito que a tendência da educação está na substituição de cotas de inclusão social por um ensino de base de excelência e cotas para medalhistas das melhores Olimpíadas de Conhecimento que estão por aí.

Considerando esse assunto de relevante importância convidamos para que, nas próximas semanas, alguns amigos envolvidos nestes processos apresentem no espaço Nanoita os seus pontos de vista sobre o tema Olimpíadas do Conhecimento.

Esperamos que os comentários que serão apresentados sejam explicativos e motivadores para o leitor.

 

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