Por: Paulo Cavagnari*
Se você já se questionou sobre e chegou a conclusão de que não sabe a resposta para esta pergunta, não se preocupe. Em momentos de transformação como o que vivemos hoje, é comum agirmos conforme as teorias e aprendizados passados. Mas, se vivemos uma transformação, logo, nossas ações também deveriam passar por isso.
Em momentos de mudança, que envolvem questões sociais, políticas e mercadológicas e cercam empreendedores, gestores e empregados, fica difícil pensar e chegar a uma conclusão. Talvez essa conclusão seja a certeza de que não temos a resposta, e isso é natural, mas não significa que não devemos procurar saber o que estamos fazendo ou como agir, significa que não saber que se tem a resposta é uma atitude positiva que pode proporcionar centenas de insights e novas soluções para seus negócios.
O fato é que, na busca pela resposta, atravessamos uma jornada, na qual procuramos entender o ponto central da questão, que ao mesmo tempo, demanda vários outros degraus a se descobrir, e nesse processo, nos deparamos com novos problemas e novas possibilidades de resolução, ou seja, um novo panorama que até então poderia ser desconhecido para a maioria das pessoas.
Pensamentos lineares podem nos levar a grandes resultados, não existe regra para isso, mas é óbvio que a busca pelo conhecimento gera resultados inesperados, que fogem às linhas anteriormente estipuladas e abrem espaço para desvios de rota tão interessantes quanto. Talvez seja difícil imaginar como tomar esse rumo, como traçar as medidas necessárias para atingir esses resultados, mas talvez pelo simples fato de se observar, já resulte em uma mudança nos resultados. É necessário aprender a enxergar além de cargos e funções e começar a entender o que cada pessoa por trás daquele título pode fazer para que suas ações façam mais sentido. Isso significa que, o operador que trabalha oito horas em uma linha de produção, pode ter tantos insights quanto o gestor daquele setor. Muitas vezes nos fechamos num mundo de certezas e absolutismo que é prejudicial, basta imaginarmos que uma pessoa que não está aberta a novas possibilidades vai perder diversas oportunidades de conhecer e desbravar novos horizontes, tanto para a vida profissional quanto para a pessoal.
* O autor é diretor de arte e consultor da yard. Agência de Publicidade.