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Toda força às cidades

Por Carlos Roberto Massa Junior – Ratinho Junior

Já dizem os especialistas que, quando a Seleção Brasileira joga, é como se todos os 200 milhões de brasileiros estivessem presentes, com seus corações, lá dentro do estádio, para torcer pelo Brasil. Inegavelmente, esta é uma força imensurável que transforma uma Nação. E eu penso, por que razão nós, brasileiros, não colocamos esta mesma força em favor do desenvolvimento de cada cidade, de cada município do País?! Pois, penso que é chegado o momento de darmos toda força às cidades.

Sabemos que o sonho de todo cidadão, de toda cidadã, é viver na melhor cidade do mundo. Logo, não é um sonho isolado. É um sonho coletivo. Um sonho que move a mim e toda a equipe da Secretaria do Desenvolvimento Urbano, a SEDU, do Serviço Social Autônomo (Paranacidade), Conselho das Cidades (ConCidades) e Coordenadoria da Região Metropolitana de Curitiba (COMEC) para dar toda a força às cidades.

No Governo do Paraná, este esforço coletivo, direcionado ao sucesso da gestão pública, visa fortalecer a dinâmica do desenvolvimento sociopolítico e social de todas as populações das cidades, estabelecendo uma agenda positiva que compreenda e integre todas as Regiões do Paraná.

Além disto, há ainda a Agenda Positiva entre entidades conceituadas para criar o Fórum Permanente de Desenvolvimento Regional para um Paraná harmonioso, justo e mais forte. A criação deste Fórum aguarda apenas uma sinalização do Governo Federal.

Os temas estão na boca da população e já foram gritados por milhares e milhares de vozes e, ainda, fazem eco pelas ruas das cidades. Este é o melhor momento para a existência deste Fórum. Gestores públicos, sociedade organizada, cidadãos e cidadãs, todos juntos, podem  falar, sugerir, avaliar e buscar as melhores soluções, de forma planejada e racional para obter resultados de excelência à nossa população.

Os destinos das cidades merecem a melhor participação dos segmentos organizados em todas as discussões, para fortalecer o crescimento sustentado e inteligente do todo. Este é um bom momento para que sejam discutidos e reavaliados os Planos Diretores das Cidades como exige a Lei de nº 10.257 / 2011, do Estatuto da Cidade e Lei Estadual nº 15.229 / 2006.  A Lei exige a revisão obrigatória do Plano Diretor Municipal (PDM) a cada 10 anos, o que deve ocorrer em 2015 e 2016. Sem deixar de lado, as discussões sobre o estatuto das Metrópoles, Lei nº 13.089 / 2015.

E para evitar que algum município ficasse fora da exigência da Lei, pela SEDU e Paranacidade, foi autorizado o Programa de Plano Diretor para nove municípios do Paraná que até então não contavam com este instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana. Assim, o Paraná é o primeiro Estado do País a ter Plano Diretor em seus 399 municípios.

Nada é feito sem ouvir a população. As demandas são ditadas pelas pessoas. Assim, já pavimentamos milhares de quilômetros de ruas, construímos calçadas, edifícios para os mais diferentes usos – como Hospitais, Postos de Saúde, Escolas, Creches, sedes de APAEs, Prefeituras, Corpo de Bombeiros, e também Barracões Industriais -, além de praças, academias para idosos e outros. Obras e serviços que geram mais trabalho e renda nas cidades. Assim, no Governo Beto Richa, de 2011 até fevereiro de 2015,  os investimentos chegam nesta área a um total de R$ 1.588.926.266,79, em  2.639 ações, obras e serviços à população do Paraná.

São ações públicas que transformam a vida das pessoas, dando-lhes maior dignidade e conforto. E este deve ser o compromisso de qualquer gestor público.

Pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano do Paraná, o gestor público tem ao seu alcance muitos Programas, como o do Sistema de Financiamento aos Municípios (SFM), com juros reduzidos; o Plano de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios (PAM), com transferência voluntária de recursos da SEDU; e o cidadão, a cidadã, encontra canais de comunicação, de debate, análise e também de comprometimento com a sociedade em que vive pelo Conselho das Cidades. A 5ª Conferência estadual das Cidades, em agosto de 2013, em Foz do Iguaçu, reuniu mais de 2.000 pessoas, de onde saíram mais de 3.000 propostas levadas à 5ª Conferência Nacional das Cidades em Brasília, no mesmo ano.

Mas para chegar até aí, foram realizadas no Paraná 334 Conferências Municipais. E elas se repetem neste ano com novos debates, análises e propostas de mudanças e transformações na busca de soluções aos problemas que afetam as cidades. Todos, gestores públicos e sociedade organizada, com o apoio de técnicos capacitados, devem ser ouvidos e respeitados. Só assim se consolida um Estado forte e harmônico, com sua gente próspera e capaz de enfrentar obstáculos e vencê-los para o bem comum.

Na mesma busca de oportunidades iguais, reduzimos e escalonamos juros para que os pequenos municípios tenham acesso a empréstimos necessários à revitalização de parques de máquinas e equipamentos rodoviários pelo PROMAP, além de correção e revitalização de ruas. Esses recursos são gerenciados pela Agência Fomento Paraná.

Enfim, o desafio atual é buscar alternativas simples, modernas, sustentáveis e eficientes para todos os municípios, dando-lhes oportunidades iguais de desenvolvimento e expansão urbana. Pois, o Paraná se transforma cada vez mais em um Estado Metropolitano Regional, com suas cidades que crescem e se unem em seus limites. Daí a necessidade de uma nova configuração de gestão pública, visando o bem coletivo, mas respeitando as diferenças e somando nas soluções integradas. São, sem dúvida, transformações na ordem urbana dos grandes aglomerados humanos. Urge maior conhecimento das urbes, do ser humano e suas atuais e reais necessidades. A questão da água é uma realidade que não pode ser deixada de lado.

Precisamos de novas metodologias e de ferramentas mais modernas, unidas a gestões públicas multidisciplinares, com uma nova cultura, voltada para as futuras gerações e não para as próximas eleições. A palavra é responsabilidade social, econômica e ambiental para enfrentar os novos desafios do século XXI. Precisamos somar forças, conhecimento, disposição política e solidariedade para, juntos, independente de origem, cor partidária ou tendências, garantir toda força às cidades. Este deve ser o nosso legado democrático de igualdade e solidariedade aos 399 municípios do Paraná.

O autor é deputado estadual licenciado e secretário de Estado do Desenvolvimento Urbano do Paraná.

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