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Violência contra a mulher

Lílian Yara de Oliveira Gomes

CRP  08/17889

 

Por quê todo ano temos que alertar acerca desse tema? Consequência da educação precária, da cultura machista, das relações desumanas, do império da intolerância, da falta de diálogo e do respeito?

Violência, ato impulsivo, repugnante, covarde…

“A violência contra a mulher tornou-se assunto recorrente nas páginas dos jornais, nos sites de notícias, nas redes sociais e em outros meios de comunicação. Apenas no Distrito Federal, 30 mulheres foram vítimas de feminicídio em 2019 e mais de 13 mil sofreram agressão dentro do ambiente familiar até outubro deste ano, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública”.

Mesmo depois da Lei “Maria da Penha”, que foi mais uma entre as milhares de vítimas da violência contra mulher, tendo resistido e sobreviveu a duas tentativas de homicídio promovidas por seu companheiro e depois das  diversas lutas na justiça brasileira, conseguiu em instância internacional, a partir da intervenção da Organização dos Estados Americanos (OEA), instalar um novo paradigma no trato da justiça brasileira junto às vítimas e autores da violência, ainda temos muita impunidade. Casos são relatados e acontecem cotidianamente e a violência contra a mulher são crescentes e alarmantes.

Ainda impera a superioridade masculina? A força bruta, trazida pela história dos homens das cavernas?  

“O fenômeno da violência é complexo e por isso necessita ser tratado não apenas na perspectiva repressiva e punitiva, onde muitas vezes a abordagem maniqueísta de vilão e mocinha pode ser muito simplista para compreender e abordar de maneira eficiente o fenômeno. É na prevenção da violência; no trabalho de conscientização via educação doméstica, escolar e social; na efetiva afirmação dos direitos e deveres dos quais não pode estar excluído nenhum sujeito a fim de garantir o pleno estado de direito e exercício de cidadania que os esforços devem se concentrar. Há muito que caminhar, os passos serão lentos ou largos a depender de quem os dá, e esses passos precisam ser dados por todos nós”. Fonte: Feminicídio: “A expressão máxima da violência contra a mulher”.

            Homens e mulheres têm que conviver harmonicamente, com respeito e dignidade. Somos seres de direito, de liberdade, de escolhas individuais e de convívio coletivo, em que a liberdade, o afeto e principalmente o respeito impere. Diferenças sempre existirão, somos seres em complementaridade, que podemos traçar objetivos comuns, sem que nenhum anule o outro. E, que quando as divergências superarem as convergências, cada qual busque o seu caminho de realização individual, sem agressões tanto físicas como psicológicas.

“Que nada nos defina. Que nada nos sujeite. Que a liberdade seja a nossa própria substância.” — Simone de Beauvoir

 

 

 

 

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