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Vôlei Brasileiro: um exemplo no esporte

*Ronê Paiano

No último domingo a seleção brasileira de voleibol encerrou a sua participação no Campeonato Mundial da Polônia como um honroso vice-campeão mundial ao perder por  três a um para a excelente seleção da casa que jogou apoiada por cerca de 20.000 fanáticos torcedores.

Comissão técnica e jogadores merecem ter seu trabalho e empenho reconhecidos, pois a disputa este ano envolveu 21 dias de torneio e 13 jogos até se chegar a final; e principalmente porque no último jogo da fase de classificação três jogadores saíram machucados (além do levantador Bruno). O que nos fez jogar a terceira fase, a semifinal e a final com alguns jogadores, em especial o Murilo, em condições não tão favoráveis.

A superação no jogo com a Rússia e a duríssima semifinal com a França foram jogos épicos e nos deram o direito de disputar a quarta final consecutiva em Campeonatos Mundiais. É importante lembrarmos que desde 2002 o voleibol masculino esteve em todas as finais das principais competições que são os Jogos Olímpicos e Campeonato Mundial, ou seja, em sete finais disputadas quatro títulos conquistados.

Todos os títulos citados acima ocorreram sob a direção do técnico Bernardinho. Um treinador que com a sua filosofia na qual Trabalho + Talento = Resultado torna-se um grande exemplo não apenas aos profissionais da área de educação física e atletas mas também a, empresários, gestores e amantes do esporte.

As últimas derrotas que sofremos em finais trazem um elemento em comum, a alteração da equipe adversária para virar o jogo contra o Brasil. Em Londres, a equipe Russa alterou o atacante Muserskiy do meio para a saída de rede o rendimento dele melhorou, não conseguimos mais neutralizá-lo e a equipe adversária cresceu. No mundial encerrado no último domingo, a seleção polonesa trocou o levantador que alterou a distribuição de bolas, passou confiança aos atacantes e … o resto já sabemos.

Talvez este seja um caminho para o ouro nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016, um elemento surpresa, um fato novo, um jogador que saia do banco para surpreender e decidir, como já fizemos no passado.

A permanência do voleibol brasileiro nas primeiras colocações há mais de uma década no voleibol é mais uma prova de um país que pode dar certo, que não pode depender de acasos que nos tragam um Ayrton, um Guga, um Pelé, mas sim da possibilidade do brasileiro competente que nasce da dedicação, do comprometimento, da seriedade, do objetivo comum e do trabalho em equipe.

 

*Ronê Paiano é graduado em Educação Física pela Universidade do ABC (1986) e mestre em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (1998). Tem vasta experiência na Educação Física Escolar tendo atuado como professor e coordenador da área de Educação Física e Esporte (1987 a 2005). Desde 2000 é professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie ministrando aulas nos cursos de Educação Física e Pedagogia.

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